12 de abril de 2011

Desassossego


Ó imenso desassossego!
O tal que, como a tantos já lesou,
hoje é a sua hora de me gozar,
de me atar e reduzir ao real.
Apropriou-se do delicado, quiçá do ânimo!
Assombro esse de nunca mais o desfrutar.
E depois? Será o nada!
Será a desgraça de não a acabar,
de não a conseguir acabar…

11 de abril de 2011

Abril


Abril das chuvas que são mil,
Abril dos duelos e das liberdades.
Abril dos namoros e das paixões;
das lágrimas e até do enganoso!
Abril tão doloroso e vaidoso,
Abril dos heróis e dos vilões;
dos cravos e dos canhões!
Em Abril, Pedro achou o Brasil!
Abril dos mil e dos dois mil,
querido Abril quão primaveril!

1 de abril de 2011

A mentira

Ai pequena mentira!
Tão criminosa, tão falsa…
Tão indecente, tão pecadora…
Quem quererá saber?
Tão refinada, tão carinhosa…
Tão eloquente, tão pomposa…
Ai essa linda impostora,
natural de verbalizar.
Até de pegar!
Patranha minha cara,
quem de ti saberá!