Após uma típica saída, num típico sábado à noite, na vinda para casa reflecti numa conversa que tive com uma senhora (sim, mais de 30 anos para mim é senhora), o tema é corriqueiro magreza (ou falta dela)!
Ao longo do diálogo a senhora queixava-se do seu peso, que na minha opinião não era em excesso, repetindo o quanto lhe custa olhar-se ao espelho e como chorava quando tentava usar as calças que usava à 10 anos atrás, o 32 !
Pois bem, eu pergunto-me quantas senhoras e senhores, sentem o mesmo ? Quantas pessoas sofrem de manhã, quando saem do banho e olham para a realidade física.
Há quem achas este pormenor fútil, eu não ! Acho preocupante o facto de tanta gente se sentir mal consigo mesmo, afinal gostarmos de nós próprios é a base para qualquer coisa (chama-se amor próprio).
Pelo que me apercebo o problema nem é tanto por nós, muito menos pela saúde, mas sim pelo que a nossa imagem transmite.
Para piorar a situação, no bar onde estava, passavam nas várias televisões imagens de desfiles de moda, as modelos desfilavam magríssimas. Imagino o quanto a senhora se massacraria, sonhando um dia ter aquele corpo, ou pelo menos, o corpo que teve aos 20 anos.
A dura realidade é que poucas são as pessoas que, de facto, tem um corpo assim (naturalmente).
Bem, fujo ao tema, a senhora lamentava-se também do facto de não ter a obstinação necessária para “fechar a boca” !
Agora pergunto-me, o que fazer ? Conformarmos-nos com o corpo que temos ou então trabalhar para termos o corpo que realmente queremos ?
Acho que a melhor opção será a segunda, afinal só com trabalho próprio é que se consegue algo e, logo neste campo, em que é algo que não se pode esconder...
Dei algumas dicas à senhora, senti-me como que se tivesse realizado a minha função de pseudo-psicólogo e pseudo-nutricionista.
Apesar de saber que de nada servirão, afinal “falar é fácil”, contudo não culpo a sociedade, sempre existiram ideais de beleza, culpo sim quem tem o chamado ideal de beleza inatingível. Enfim, o que dizer mais ?
Mesmo assim, o raio do pensamento não me saí da cabeça, quantas senhoras não choram todos os dias por não caberem no 32 !